Junho: Mês de Conscientização da Escoliose
Durante todo o mês de junho, desde 2013, é celebrado em todo o mundo o Mês da Escoliose, uma iniciativa que busca conscientizar sobre essa condição. Essa campanha teve início com a Associação de Escoliose do Reino Unido (SAUK) e, ao longo dos últimos anos, tem ganhado força com a adesão da Scoliosis Research Society (SRS), alcançando diversas instituições, hospitais e fundações ao redor do globo. O objetivo principal é unir pessoas para criar uma consciência pública positiva sobre a escoliose, promovendo a educação e oferecendo apoio às pessoas afetadas por essa condição.
O ponto alto das celebrações ocorre em 26 de junho, o Dia Internacional de Conscientização da Escoliose. De acordo com a Scoliosis Research Society, a escoliose é uma deformidade tridimensional da coluna vertebral na qual a curvatura do plano central excede 10 graus.
As escolioses afetam aproximadamente 3 a 4% da população e podem ter diversas causas, afetando pessoas de diferentes idades e grupos. Em alguns casos, a condição pode ser detectada logo nos primeiros anos de vida, como é o caso da escoliose congênita e da escoliose idiopática infantil. Nas crianças mais velhas e nos adolescentes, temos as escolioses idiopáticas juvenis e do adolescente, enquanto em idosos pode ocorrer a escoliose degenerativa e a escoliose idiopática do adulto. Além disso, doenças raras e síndromes neurológicas, como a paralisia cerebral e a mielomeningocele, também podem ser importantes causas dessa deformidade na coluna.
O tratamento da escoliose é individualizado e envolve uma equipe multidisciplinar composta por médicos ortopedistas, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, ortotistas (responsáveis pela confecção de órteses e coletes), psicólogos e médicos fisiatras. O tratamento pode ser não cirúrgico nos casos mais leves ou não progressivos e se baseia em exercícios específicos de fisioterapia, uso de coletes ou até mesmo gessos seriados. Já o tratamento cirúrgico é indicado para casos de deformidades mais graves, progressivas, ou quando há dor intensa, compressão neurológica ou quando o tratamento não cirúrgico não apresenta resultados satisfatórios.
Muitas vezes, são os pais ou familiares que percebem os primeiros sinais da doença, enquanto outras vezes é o próprio paciente que sente dor, desconforto ou até mesmo vergonha de sua aparência. Em caso de qualquer dúvida, é sempre importante buscar a orientação de um médico membro da Sociedade Brasileira de Coluna, e a lista de membros pode ser encontrada no site da sociedade.
Quais são os tipos de Escoliose?
Existem diferentes tipos de escoliose, classificados de acordo com suas causas e características. Os principais tipos de escoliose são os seguintes:
Escoliose idiopática: Este é o tipo mais comum de escoliose e representa cerca de 80% dos casos. A escoliose idiopática não tem uma causa conhecida e geralmente se desenvolve durante a adolescência, afetando principalmente meninas. É dividida em três subtipos, dependendo da idade em que se desenvolve: escoliose idiopática infantil (até os 3 anos), escoliose idiopática juvenil (dos 4 aos 10 anos) e escoliose idiopática do adolescente (a partir dos 11 anos).
Escoliose congênita: Esse tipo de escoliose ocorre devido a um defeito presente no nascimento, no desenvolvimento dos ossos da coluna vertebral. Geralmente, é diagnosticada na infância e pode ser causada por problemas com a formação das vértebras ou por fusões ósseas anormais.
Escoliose neuromuscular: É causada por distúrbios neuromusculares, como paralisia cerebral, distrofia muscular ou lesões da medula espinhal. Nesses casos, a fraqueza muscular e a falta de controle muscular contribuem para o desenvolvimento da curvatura da coluna.
Escoliose degenerativa: É mais comum em adultos mais velhos devido ao desgaste natural da coluna vertebral. À medida que as pessoas envelhecem, a degeneração dos discos intervertebrais e das articulações facetárias pode levar à curvatura da coluna.
Escoliose secundária: Pode ocorrer como resultado de outra condição subjacente, como lesões na coluna vertebral, infecções, tumores ou desequilíbrios musculares.
Esses são alguns dos tipos mais comuns de escoliose, mas é importante ressaltar que cada caso é único e pode apresentar características individuais. O diagnóstico e o tratamento adequados devem ser determinados por um médico especialista em escoliose.
O que fazer para corrigir a escoliose?
O tratamento da escoliose depende de vários fatores, incluindo a idade do paciente, o grau de curvatura da coluna vertebral, a causa subjacente da escoliose e a progressão da curvatura ao longo do tempo. Aqui estão algumas opções de tratamento que podem ser consideradas:
Observação: Em casos de escoliose leve, não progressiva ou em pacientes com crescimento esquelético completo, o médico pode recomendar apenas a observação regular da curva por meio de exames médicos periódicos. Em alguns casos, a curvatura pode se estabilizar ou até mesmo diminuir naturalmente ao longo do tempo.
Fisioterapia e exercícios específicos: Exercícios de fortalecimento e alongamento podem ser prescritos por um fisioterapeuta especializado em escoliose. Esses exercícios visam melhorar o equilíbrio muscular, fortalecer os músculos das costas e do abdômen, alongar os músculos encurtados e melhorar a postura.
Uso de coletes: Em casos de escoliose moderada a grave em pacientes em crescimento, pode ser recomendado o uso de um colete ortopédico. O objetivo do colete é impedir a progressão da curva, proporcionar suporte à coluna vertebral e permitir um desenvolvimento esquelético mais adequado. O tipo e a duração do uso do colete dependem das características individuais da curvatura e da idade do paciente.
Tratamento cirúrgico: Em casos de escoliose grave, progressiva ou que cause sintomas significativos, a cirurgia pode ser considerada. A cirurgia de correção da escoliose envolve a colocação de implantes (como hastes e parafusos) na coluna vertebral, seguida pela fusão dos ossos afetados. Isso tem como objetivo reduzir a curvatura e estabilizar a coluna vertebral.
É importante ressaltar que o tratamento da escoliose é altamente individualizado e deve ser realizado por uma equipe multidisciplinar, incluindo médicos ortopedistas, fisioterapeutas e outros profissionais de saúde especializados em tratamento da escoliose. Cada caso deve ser avaliado cuidadosamente para determinar a melhor abordagem de tratamento.
Agende sua Consulta
Dr. Tobias Ludwig
Neurocirurgião - CRM 34710 RS - RQE 28739
Ligue e Agende Sua consulta
✆ (51) 3330-0244
✆ (51) 99971-4947
Atende particular e convênios:
UNIMED, IPERGS, BRADESCO, AMIL, AJURIS, CABERGS, SAUDE CAIXA, PETROBRAS, SAUDE PAS, GOLDEN CROSS E OUTROS
Em Porto Alegre ou Via Telemedicina.
Rua Padre Chagas, 415 - sala 602, Bairro Moinhos de Vento. Porto Alegre - RS.